As tecnologias de Carbon Capture and Storage (CCS) são alguns dos caminhos para mitigar os gases de efeito estufa. Grupo está aberto a adesões.
As tecnologias de Carbon Capture and Storage (CCS) ainda são pouco conhecidas entre o público que não acompanha as discussões e as possíveis soluções para o problema dos gases de efeito estufa, os chamados GEEs. Mas um grupo recém-lançado pelas pesquisadoras Drielli Peyerl e Nathália Weber do FAPESP SHELL Research Centre for Gas Innovation (RCGI) pode contribuir para tornar o tema mais acessível. O grupo se chama “Percepção Pública de CCS”, é interdisciplinar, reúne-se uma vez ao mês e está aberto a adesões de pesquisadores e acadêmicos de formações diversas. Basta entrar em contato pelo e-mail percepcaopublica [at] gmail [dot] com.
Três professores do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP) – instituição responsável pelo programa de Políticas de Energia e Economia do RCGI – estão apoiando os trabalhos do grupo: Edmilson Moutinho dos Santos, Evandro Mateus Moretto e Célio Bermann.
As reuniões mensais acontecem às quintas-feiras, no período da manhã, na sede do RCGI, no prédio da Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), em São Paulo. O grupo já tem cerca de 20 participantes de diversas áreas, entre elas engenharia, psicologia, história, geografia, geologia, biologia e relações internacionais.
[custom_blockquote style=”green”] “Sentimos a carência de uma discussão interdisciplinar no RCGI sobre CCS e sabemos que a maneira pela qual se informa a população acerca desse tipo de empreendimento impacta a percepção pública sobre esses projetos”, adianta a engenheira de petróleo Nathália Weber. “Por enquanto estamos levantando pesquisas e publicações sobre o tema, que nos darão um embasamento para agir mais adiante”, completa Drielli Peyerl, historiadora [/custom_blockquote]
Reduzir as emissões dos GEEs passou a ser o foco principal do RCGI, missão anunciada recentemente pelo diretor científico do Centro, Júlio Meneghini. Tanto que a instituição lançou no ano passado um programa com 16 projetos, todos dedicados ao abatimento de carbono. Financiado pela FAPESP e pela Shell, o RCGI conta hoje com mais de 200 pesquisadores trabalhando em conjunto para solucionar problemas tecnológicos e de políticas públicas do setor de gás.