Gustavo Assi, da área de Difusão do Conhecimento, apresentou projetos como o de estocagem de carbono em cavernas de sal, separação de CO2 e CH4 por membranas e captura e utilização de CO2 na geração de bioenergia.
Gustavo Assi com Brandão do MCTIC (foto à esq.) e com a equipe da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME (foto à dir.)
No último dia 15, o professor Gustavo Assi, diretor de Difusão do Conhecimento do Fapesp Shell Research Centre for Gas Innovation (RCGI), foi recebido em Brasília no Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações (MCTI) e no Ministério de Minas e Energia (MME) para apresentar os principais resultados dos projetos do RCGI e os planos para as atividades futuras do centro.
No MCTI, Assi foi recepcionado pelo Secretário Maurício Pazini Brandão, da Secretaria de Tecnologias Aplicadas. No MME, o professor esteve na Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético, sendo recebido pelo diretor João José de Nora Souto, do Departamento de Política de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural.
“Nas duas reuniões, os representantes dos ministérios tomaram conhecimento dos avanços dos projetos de pesquisa em desenvolvimento no RCGI e manifestaram seu apoio às atividades”, resumiu Assi.
Entre outros temas, ele apresentou o conceito de cavernas de sal para armazenamento de CO2 abaixo do leito oceânico, e explicou como esta tecnologia representa uma nova fase para a exploração da região do pré-sal brasileiro. “Também falei sobre projetos de redução das emissões fugitivas de gás; de separação de CO2 e CH4 por membranas estruturadas e outras técnicas; e de captura e utilização de CO2 na geração de bioenergia, o que possibilitaria ao Brasil ter pegada negativa na emissão de CO2 no ciclo do etanol”, afirmou Assi.
Para Brandão, do MCTI, as tecnologias em desenvolvimento no RCGI devem ser vistas como de interesse nacional. “Os projetos devem ser propagados para outros Ministérios que possam reconhecer seu impacto para o país.”
Souto, por sua vez, destacou que o MME deve se aproximar das iniciativas do RGCI, “reconhecendo seu papel no desenvolvimento do setor de desenvolvimento energético do Brasil.”
As equipes dos dois ministérios foram convidadas por Assi para participar da Sustainable Gas Research Innovation 2019 (SGRI), no início de outubro, em São Paulo. A SGRI é uma conferência internacional que acontece todo ano desde 2016, e reúne pesquisadores do RCGI e do Sustainable Gas institute (SGI), ligado ao Imperial College London, para a troca de conhecimento na área.
Durante as visitas, o professor Gustavo Assi ressaltou, ainda, que o modelo de gestão do RCGI – compartilhado entre a Shell, a FAPESP e a USP – é capaz de trazer benefícios e avanços para o desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica no país.