Na reunião, também foi discutido o andamento do CTBS, em Santos, cujo projeto já está pronto mas andava a passos lentos por causa da crise.
No último dia 3 de julho, o professor Júlio Meneghini, diretor científico do Fapesp Shell Research Centre for Gas Innovation (RCGI), participou de uma reunião no Palácio dos Bandeirantes com o governador Geraldo Alckmin. Estiveram também presentes o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Decio Oddone; o reitor da USP, Marco Antônio Zago; representantes da UNESP e UNICAMP; o presidente da FAPESP, José Goldemberg; o presidente do Instituto de Pesquisas tecnológicas (IPT), Fernando José Gomes Landgraf; o secretário de Estado de Energia e Mineração, João Carlos de Souza Meirelles; e o subsecretário estadual de Petróleo e Gás, Dirceu Abrahão, entre outros representantes de ICTs do Estado de São Paulo.
“Na reunião, foi destacado o papel das universidades paulistas, do IPT e da FAPESP no enfrentamento dos desafios tecnológicos que essa condição de grande produtor impõe ao Estado de São Paulo”, resumiu Meneghini. Projeções da ANP apontam São Paulo como o segundo maior produtor nacional de petróleo nos próximos dez anos. Segundo a agência, as próximas rodadas de licitações dos campos de exploração e produção de petróleo e gás natural – previstas para 2017, 2018 e 2019 – têm potencial para atrair US$ 40 bilhões em investimentos para o Estado.
“O RCGI, que é o maior centro de pesquisa em engenharia e inovação no Brasil, patrocinado pela FAPESP e pela SHELL, já está cumprindo seu papel de ajudar a vencer esses desafios científicos no tocante à produção de gás. Estamos pesquisando meios de produzir gás natural dos campos do pré-sal e purifica-lo, separando o metano do gás carbônico, para que consigamos monetizar o uso dessa riqueza enorme que temos”, disse Meneghini.
A pauta da reunião também incluiu o projeto do Centro de Tecnologia da Baixada Santista (CTBS), em Santos. O projeto, que andou a passos lentos por conta da crise, está sendo retomado. Segundo o professor Kazuo Nishimoto, da Escola Politécnica da USP, que é um dos responsáveis pela implantação do CTBS junto com representantes da Unesp, Unicamp e Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas), a proposta é que o Centro seja um local de desenvolvimento de tecnologias e processos de exploração e produção de petróleo e gás para responder a desafios prementes, como reduzir custos de produção e operação, e aumentar o nível de segurança das operações.
“Estamos falando sobre operações integradas, que incluem monitoramento remoto, já que os campos de produção estão a cerca de 300 quilômetros da costa e a aproximadamente 2,5 mil metros de profundidade”, explica. O CTBS, conta Nishimoto, deverá envolver, também, as sete universidades particulares da Baixada Santista.
“O CTBS é um compromisso que a Petrobrás assumiu com o Estado de São Paulo e a prefeitura de Santos. Já foi feito um projeto executivo, entregue à empresa no final do ano passado”, conta. A prefeitura de Santos cedeu o terreno, na esquina das ruas Braz Cubas com Henrique Porchat, no bairro de Vila Nova. A entidade jurídica CTBS já foi criada e o terreno está em seu nome.” A Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, por meio do Secretário João Carlos Meirelles e do subsecretário para Óleo e Gás Dirceu Abrahão, tem atuado ativamente para que a implantação do CTBS seja concretizada.